quinta-feira, 20 de abril de 2017

Jogo da Baleia Azul - vamos falar sobre ele?

Sim, este é o assunto do momento, e que está gerando preocupações enormes em muitos de nós.
E devemos falar sobre ele! Divulgar, alertar!

Impossível que alguém com conhecidos, parentes ou filhos adolescentes leia as matérias a cerca do assunto e não se preocupe.

E como sabemos que muitas vezes a falta de informação pode ser crucial, também queremos fazer a nossa parte em prol da possível salvação de muitos jovens.

Conosco hoje, a Psicóloga Rafaela Tedesco de Marco (minha amiga querida ♥) - que prontamente aceitou o pedido para falarmos aqui sobre a questão, e nos fazer conhecer e refletir a cerca deste assunto tão sério, e que precisa sim, ser divulgado ao máximo!


Por: Rafaela Tedesco de Marco

"Cada vez mais as redes sociais e a necessidade de estarmos conectados vêm ocupando uma parte importante – para não falar essencial – em nossas vidas. Isso não é segredo para ninguém, pois basta darmos uma olhada ao nosso redor para percebermos que a ponta dos nossos dedos está sempre em um ritmo frenético e incessante.

Mas então por que viemos falar de um assunto que está na consciência de todos a nossa volta? O motivo está em um jogo online nomeado como 'Baleia Azul' que teve origem na Rússia e acabou virando febre entre os adolescentes do mundo inteiro. O grande problema nisso tudo está no objetivo do jogo: o suicídio.

O 'Baleia Azul' consiste em 50 desafios que o adolescente deve fazer e entre eles está a automutilação. Esse desafio em particular consiste em comportamentos intencionais de agressão direta ao próprio corpo, como por exemplo, o ato de cortar a pele. O último desafio seria o ato de suicídio.

O período da adolescência é marcado por uma fase de muitas turbulências e mudanças (corporais e também maturacionais). É uma fase em que o jovem não se vê mais no corpo de criança, mas também não está preparado para ser adulto. Ou seja, ele tem que procurar o seu modo de ser e estar no mundo, ele precisa ir atrás de sua identidade. Por isso é comum entre os jovens a necessidade de andar em grupos, normalmente ocupados por outros adolescentes que estão vivendo a mesma fase. Pertencendo a um grupo, o adolescente se sente pertencente a uma identidade, a um ideal. Talvez esteja aí o motivo pelo qual os jovens estão aderindo tanto ao 'Baleia Azul': por ser mais que um jogo e sim uma comunidade onde há trocas de mensagens e de sentimentos similares entre eles, o que acaba por encorajar o ato suicida.

Os pais devem ficar atentos a alguns sintomas que os adolescentes acometidos de pensamentos suicidas podem apresentar. Um deles é a mudança brusca de comportamento: o jovem começa a ficar sem apetite; fica mais na sua, não interage mais; não dorme direito – ou dorme muito; e até mesmo mudança no modo de se vestir. Esses sintomas podem indicar que o adolescente está passando por um sofrimento que não está conseguindo compartilhar.

Mesmo sendo um fenômeno recente, o jogo nos lembra de um alerta antigo: devemos cuidar e olhar mais as nossas crianças. Os pais devem participar ativamente da vida dos filhos, estarem presentes na sua educação e em todos os momentos. Não se trata de invadir a privacidade, mas sim de estarem disponíveis para eles. Devem conhecer o seu grupo de amigos e ter contato com as suas respectivas famílias. A troca entre pais fortalece os vínculos e também sanciona dúvidas que são muitas nessa fase.

O adolescente deve ter em casa um espaço aberto para o diálogo, deve ter liberdade para conversarem sobre assuntos que fazem parte da sua rotina. Essas atitudes fazem com que ele esteja preparado para as dificuldades que encontra nesse período turbulento e de mudanças da sua vida."

Rafaela Tedesco de Marco
Graduada em Psicologia pela UNISC
CRP: 07/26555
Atua em Candelária - RS
Contato: rafaelatedesco@icloud.com

Vamos juntos fazer a nossa parte em prol dos de tantos jovens!
Vamos lutar, debater, alertar. 

E não esqueçamos nunca: amor cura ♥

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